segunda-feira, 10 de julho de 2017

Nova antena para escuta: EF-SWL


A antena EF-SWL originalmente produzida pela Par Electronics e agora pela LNR Precision pode até não ser uma das mais famosas no Brasil, mas certamente está entre as mais bem avaliadas pelos Radioescutas e Radioamadores.

Foto de divulgação da mercadoria

No tradicional site Eham.net a antena recebeu até hoje 44 avaliações, obtendo a nota 5.0 em 5 na média de avaliações, algo supreendente se levarmos em consideração o alto nível de criticismo dos participantes daquele fórum.


Trata-se de uma antena passiva do tipo "End-fed", projetada para cobrir uma grande faixa do espectro HF (1 a 30 Mhz). Ela possui um casador de impedância (balun) do tipo 9:1 em núcleo binocular e 13,71 metros de comprimento, possuindo um isolador para afixação.


Ela tem uma conexão com acabamento em prata e tratamento em Teflon (o que evita contato com a água) na conexão SO-239. Oferece ainda conexões configuráveis para aterramento. O usuário pode aterrar na posição A ou B ou fazendo uma ligação conjunta de A+B, conforme os testes em seu local de escuta.

Foto de divulgação da mercadoria

Outro dia navegando pelo Mercado Livre me deparei com um anúncio de um experiente DXista brasileiro. Ele estava vendendo a EF-SWL.

Fiz minhas buscas em sites estrangeiros, li as avaliações e pude notar que era muito difícil encontrar pontos de vista depreciativos em relação à performance da antena.

Ulysses me cobrou um valor realmente justo, principalmente se for comparado ao preço da antena em sites americanos. A média lá fora é de U$ 75.00. Fiz a conversão pela taxa de câmbio na data da compra e percebi que paguei menos do que isso por uma antena de segunda mão, mas que havia sido pouquíssimo utilizada, cerca de um ano. Vê-se pelas fotos a sua boa conservação.

Após ver algumas comparações desta com outras antenas, tais como Delta Loop e G5RV e por já estar com vontade de experimentar (finalmente) uma antena longwire balanceada, acabei por comprá-la. O atencioso vendedor me explicou que estava fora de São Paulo e que postaria hoje o produto e assim o fez. Mal posso esperar!

Foto de divulgação da mercadoria

Muitos diriam que se trata apenas de mais uma longwire com balun. Nada demais, até mesmo muito curta, talvez. Para ser tão bem cotada, algo deveria ter de especial. Fui atrás da informação. Pelo que li, a antena é construída com a tecnologia Flex-Weave, isto é, a partir de fio #36, sendo 168 voltas que compõe o radial, o que a torna extremamente resistente e flexível ao mesmo tempo. O fato de não deformar ao ser enrolada faz com que seja uma excelente antena para encontros DX. 

O Flex-Weave começou a ser produzido em 1988 pela Davis RF, sendo considerado o fio mais versátil para antenas, sendo utilizado comercialmente, militarmente e por amadores. Possui acabamento de isolamento em polietileno durável para uso em ambientes hostis, suportando ao longo dos anos até mesmo as sequências de chuvas ácidas. 


A promessa é de que ele não corrói ao longo dos anos como os demais fios e também pode ser amarrado em nós, além de ser mais fácil de ser soldado.  

O Flex-Weave suporta uma pressão de até 127 kg (280 libras), acho que não preciso dizer mais nada sobre a sua resistência, isto por si só já é algo muito interessante.

Segundo o seu fabricante, o Flex-Weave é uma espécie de "Cadillac" das antenas aéreas, cuja qualidade foi atestada por Radioamadores famosos, tais como WA6PJR e N8UG, este último considerado como uma espécie de "guru" dos cabos e fios em Radioamadorismo. O Flex-Weave é vendido também em metros nos Estados Unidos.

Ainda não me decidi se irei utilizá-la na posição L invertido, horizontal ou vertical. Aliás, tenho um arco de 0 a 180 graus para escolher um ângulo "slope", muitos testes serão feitos.  

Foto de divulgação da mercadoria
Também já estou pensando como irei aterrá-la. Já assisti alguns vídeos mostrando a diferença que um aterramento faz na diminuição dos ruídos / interferências. Tenho disponíveis apenas duas estacas de 1/2 polegada cobreadas, de 1 metro cada. Ideal que fossem de puro cobre e provavelmente não resistirão muito tempo, mas creio que se ligá-las em paralelo, conseguirei diminuir em alguns DBs o nível de ruído. Estou em plena área urbana e os apartamentos vizinhos ficam a cerca de 7 metros de minha base de escutas. Nunca utilizei uma antena aterrada, mas como esta já vem com a facilidade para aterramento, farei mais pesquisas a respeito para fazer o melhor uso possível. 

Para obter o máximo proveito da EF-SWL comprei ainda na GalloShop 20 metros de cabo coaxial flexível RG-58 da RFS-KMP, cuja blindagem é de 96%. O cabo já vem montado.


Segundo a RFS-KMP, "A linha de cabos RG da família Radioflex é formada por cabos com impedância de 50 e 75 Ohms e segue as exigências da Norma MIL-C17 e a Resolução Anatel No. 470.

Algumas de suas aplicações:

  • Sistemas de comunicação via satélite:
    Infra-estrutura de transmissão e recepção de dados.
  • Equipamentos de Telecomunicações
  • Sistemas de segurança: Controle de câmeras de CFTV e sistemas de incêndio.
  • Broadcast: Redes e estúdios de Rádio e TV abertas.
  • TV por assinatura: TV paga
  • Sistemas militares: Equipamentos militares de defesa e monitoração.
  • Equipamentos de medição: coleta de dados comerciais, industriais e científicos.



Camadas do RG58 da KMP


Pelas minhas medições, este comprimento é o ideal para uso em meu lote residencial. Também pela primeira vez terei uma antena ao ar livre, já que sempre utilizei a longwire esticada entre a lage e o telhado, não por falta de espaço, mas por simples comodidade. Utilizar uma antena assim desta forma seria um desperdício.

O conector serve perfeitamente no meu Delta 500, mas preciso pesquisar como adaptá-lo para a conexão do tipo P2, de forma que possa ser acoplado ao meu Tecsun 310et que está por chegar. Acho que a garra "jacaré" vai ser a minha escolha primeira. Uma ponta no PL, a outra no P2 metálico.

Outras informações sobre esta antena podem ser lidas (em inglês) no seu manual.














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